Kruerz – Stark
Por Leandro Duarte
Erechim é uma cidade do interior do Rio Grande do Sul que fica a aproxidamente 370 km de Porto Alegre. A cidade foi formada há pouco mais de 100 anos e recebeu, assim como várias outras cidades da região sul do país, imigrantes alemães. Não é incomum encontrar nessas cidades pessoas que mantém as tradições de seus antepassados, sejam elas gastronômicas, artísticas ou linguísticas. Porém, esse texto não é sobre a história da cidade e nem sobre imigração.
A banda Kruerz, formada em 2009 na cidade acima citada, é uma banda de heavy metal que canta em alemão. Sim, isso mesmo. Alemão. Enquanto é muito comum bandas iniciantes tentarem a sorte no idioma de Shakespeare, visando uma maior projeção no mercado, a Kruerz investe no idioma de bandas como OOMPH!, Rammstein e Lacrimosa. Certamente um grande desafio!
A atual formação da banda conta com Fábio Friedrich (Vocalista e Guitarrista), Cristiano Reis (Baterista), Cristian Carvin (Guitarrista Solo) e Arthur Massaro (Baixista).
As letras de Stark, primeiro disco da banda, lançado em 2022 nas plataformas digitais e compostas em sua maioria pelo vocalista e guitarrista Fábio Friedrich, falam sobre os inevitáveis confitos humanos, corações partidos, questões existenciais e até mesmo um grito de resistência contra as dificuldades da vida, como na bela Dorn. Alías, essa faixa já é um belo cartão de visitas, pois já apresenta toda a pancadaria sonora que está por vir.
Musicalmente o álbum é rápido, cru, direto e sem firulas, deixando o ouvinte ligado e com vontade bater cabeça desde o seu início. E ele é ainda curto, pois dura pouco mais de 37 minutos.
Destacam-se as faixas Du, com uma introdução em que as duas guitarras se combinam, anunciando uma bateria que explode, soando como um trovão; Das Glas, que começa com uma pequena introdução de baixo, antes do restante da banda nos trazer um clima soturno e arrastado; além das heavy balads Immer zusammen, que trás uma letra sobre união e amizade, e Winter, que fecha o disco em um clima nostálgico e despedida.
Vale a pena ficar de olho no trabalho dos erechinenses!
