Tony Martin – Thorns
Por Leandro Duarte
Lançado aos 14 de janeiro de 2022, após um hiato de 17 anos, o grande Tony Martin lança o seu mais novo disco solo, Thorns. Esse álbum é o terceiro na carreira do vocalista. Anteriormente tivemos Back Where I belong (1992) e Scream (2015).
Tony Martin gravou 5 discos de estúdio enquanto vocalista do poderoso Black Sabbath, entre 1987 e 1995. São eles Eternal Idol (1987), Headless Cross (1989), TYR (1990), Cross Purposes (1994) e Forbidden (1995), além do ao vivo Cross Purposes Live (1995). Tony Martin também participou de vários projetos musicais com músicos diversos, como nos trabalhos The Giuntini Project (II, III e IV) com o guitarrista italiano Aldo Giuntini, além dos projetos The Cage (I, II e III), desta vez com o também italiano Dario Mollo, dentre outros.
Thorns tem 11 faixas. Como não podia deixar de ser, há nesse trabalho muita coisa que lembra o Black Sabbath, principalmente nas 3 primeiras músicas.
O tracklist foi acertadamente calculado. Pesado na medida certa, coeso, sólido e moderno, com algumas faixas que facilmente estariam em qualquer trabalho do Black Sabbath. É um álbum acima da média, embora não seja arrebatador. Tony Martin entrega um vocal poderoso, cativante, cuidadosamente trabalhado. Não há faixas ruins, e eu garanto que o ouvinte não vai pular nenhuma. Agora vamos aos destaques desse trabalho.
A primeira é Black Widow Angel: Nessa música, Tony Martin se inspira nas raízes do Black Sabbath. No entanto, percebemos ali um trechinho prog e solinho de baixo fazendo slap, estilo wah wah. Guitarra bem estilo Tony Iommi. Riff bem Black Sabbath.
Depois temos Damned by You: Pesada, com uma introdução de violino tocado pelo Tony Martin). Soa moderna, progressiva e distante dos trabalhos do Tony Martin no Black Sabbath. É bem metal, mas diferente do que já foi feito antes.
A terceira é No Shame at all: Melhor riff do disco na minha opinião. Fácil para bater cabeça. Heavy blues, pesado, refrão grudento. Uma das melhores do disco.
E por fim, a faixa título, Thorns: A segunda música mais longa do disco. Clima épico, início mais lento. Quando chega no refrão, a música fica mais pesada. Participação especial da cantora americana Pamela Moore, dividindo vocais com Tony Martin. É uma balada pesada, muito bonita. Fecha o disco muito bem, te fazendo querer dar play na bolachinha novamente.
Curiosidade: a disposição das faixas está em ordem alfabética, por puro capricho do vocalista inglês.
O trabalho foi lançado no Brasil pelo Hellion Records e também está disponível nas plataformas digitais.