Graham Bonnet Band – “Day Out In Nowhere”
Por Elias Scopel Liebl
Eis que o veterano de guerra Graham Bonnet anuncia em 2022 um novo disco de estúdio, intitulado “Day Out In Nowhere”. Aos 74 anos de idade, ainda com alta potência vocal, o disco impressiona do início ao fim e conta com uma banda de apoio pra lá de especial.
No baixo, a sua esposa, Beth-Ami Heavenstone, e nas guitarras o brasileiro Conrado Pesinato, além dos convidados Alessandro Bertoni e Don Airey (Deep Purple, Ozzy, Rainbow…) nos teclados e, na bateria, Shane Gaalaas, Levi Dokus, Kyle Hughes e John Tempesta (The Cult, White Zombie…). Os guitarristas Jeff Loomis (Arch Enemy, Nevermore…), Roy Z (Bruce Dickinson, Halford…) e Mike Tempesta completam o grupo.
E para quem acha que o vocalista vive à sombra de suas ex bandas, Rainbow, Alcatrazz e Michael Schenker Group, entre outras, está enganado. O senhorzinho vem queimando muita lenha no novo disco. Peço por gentileza que procure o clipe da música que abre o álbum, “Imposter”, ouça e me diga se é ou não é uma baita canção.
Seguimos com “12 Steps to Heaven” que possui um refrão pra lá de melódico, logo na primeira audição o refrão gruda na cabeça. A “Brave New World” entra com riffs de guitarra hards um pouco mais modernos e com outro belo refrão, ótimo para degustar com uma boa cerveja. Outro clipe que deve ser conferido é “Uncle John”. É impressionante, dentro das devidas circunstâncias, como a voz de Graham continua firme aos 74 anos. “Day Out in Nowhere”, “The Sky is Alive” e “David’s Mom” mantêm o nível acelerado do disco, todas se entrelaçando entre o bom hard rock e o velho heavy metal.
Pode-se afirmar, aliás, que Graham está fazendo um apanhado geral de sua carreira nesse disco. “When We’re Asleep” se fosse um pouco mais acelerada e com bumbo duplo me pareceria com a banda Helloween, nada mal. Na “It’s Just a Frickin’ Song” temos a presença do órgão Hammond de Don Airey – impossível não remeter ao Deep Purple ou Uriah Heep. Um pouco mais cadenciada, “Jester” faz jus às guitarras de Jeff Loomis. Fechando o disco, “Suzy” é quase uma ópera, um épico digno de um gran finale.
Firmo que o grande destaque do disco fica para Graham Bonnet e o guitarrista tupiniquim Conrado Pesinato. Um belo disco que vale ser degustado. Deguste Rock na Mira do Rock.