Morre um dos fundadores do Nazareth, Manny Charlton
Por Elias Scopel Liebl
Preparando meu café, logo pela manhã, recebo uma mensagem do amigo Fuga, lá havia apenas uma imagem e logo abaixo escrito RIP. Na hora aquele baque, que estamos quase nos acostumando, mais um dos nossos ídolos partindo, o baque foi um pouco estranho porque durante a semana estava lendo o livro do Nazareth e na mesma semana havia recebido os LPs, Expect No Mercy e Rampant. Batemos um rápido papo sobre o assunto e agora aqui vos escrevo sucintamente sobre o grande compositor, produtor e guitarrista Manny Charlton, falecido dia 06 de julho.
Nascido na Espanha no ano de 1941, Manny emigrou com sua família para Escócia ainda muito novo, e lá iniciou sua trajetória musical. Passou por várias bandas uma delas The Shadettes, juntamente com Dan McCafferty e os irmãos Pete Agnew e Darrel Sweet (morto em 1999), pouco tempo depois com a mesma formação mudaram o nome para Nazareth e em 1971 gravaram o primeiro disco autointitulado.
No decorrer de sua trajetória o lendário guitarrista compôs vários dos sucessos da banda, incluindo, a dançante “Bad Bad Boy”, a clássico e pesada “Hair Of The Dog”, a linda “Broken Down Angel”, a dançante “The Key”, além de produzir um dos maiores sucessos do grupo, “Love Hurts”, que apesar de um cover, caiu como uma luva na interpretação do Nazareth. Manny permaneceu na formação clássica do grupo gravando todos os discos até Snakes ‘N’ Ladders de 1989, totalizando 17 álbuns de estúdio.
Nos anos 80 foi convidado por Axl Rose, vocalista e líder do Guns N’Roses para produzir o primeiro disco do grupo, porém não concluiu os trabalhos por conta da agenda do Nazareth, assim que o disco do Guns foi lançado, a banda explodiu nas paradas de sucesso. Charlton também escreveu, em 1995, uma música chamada “Doom (Blood on the Walls) e enviou para os criadores do famoso jogo de PC chamado Doom. Durante toda sua vida Manny gravou vários discos solos e produziu alguns artistas.
Um verdadeiro guitar hero que deveria ter muito mais reconhecimento no meio artístico, o que nos resta é continuar apreciando sua obra. Obrigado pelo legado que você nos deixou. Deguste Rock, na Mira do Rock.