‘Salve o som nosso de cada dia’

‘Salve o som nosso de cada dia’

Por Luiza Nunes

Neste dia mundial do rock, conheça um pouco mais do nosso time por suas experiências: iniciações e afins.

Longa vida ao rock 🤘🏼

“Minha história com o Rock n’ Roll começou muito cedo. Quando eu era criança, ganhei uma fita K7 da Rita Lee e ouvia em looping, todos os dias. Meu pai ouvia Beatles e Pink Floyd. Depois de adulta, descobri que um tio meu ia na casa dos meus pais para poder ouvir música, já que meu avô não o deixava ouvir em casa. Suas bandas favoritas? Black Sabbath, Led Zepellin e Pink Floyd. Eu ainda era bebê, e ele ouvia enquanto brincava comigo ou me dava papinhas. 😅

Quando eu era adolescente, descobri o Guns e o Metallica. Eu comprava a revista Bizz Letras Traduzidas pois sempre fui muito curiosa e na época eu ainda estava aprendendo Inglês. Na faculdade eu descobri o Type O Negative e o Nine Inch Nails e, consequentemente, o Doom, que é meu estilo de metal favorito. Como não poderia deixar de ser, My Dying Bride, Anathema e Paradise Lost faziam parte do meu dia a dia. Sim, eu tive aquela fase bem mente fechada em que só o que eu gostava prestava 🤦🏻‍♀️. Hoje em dia sou muito mais eclética, indo do rock n’roll ao metal, do blues ao jazz e etc.

No final da faculdade eu fiz estágio em uma rádio rock de São Paulo. Meu primeiro dia de trabalho foi 13 de Julho de 1997 – Dia Mundial do Rock! Passamos o dia todo rodando a cidade, em três vans, distribuindo camisetas, cds e adesivos. Foi um primeiro dia inesquecível! 

De 1997 até 2005 trabalhei em duas rádios rock, duas gravadoras independentes e uma produtora de shows, também independente. Ao longo dos anos, meu trabalho foi de estagiária que cuidava dos infláveis da rádio durante shows do Megadeth e Whitesnake, por exemplo, até assistente de produção, fotógrafa e intérprete de bandas como Marduk, Cannibal Corpse e Morbid Angel, entre outras. Existe até um álbum ao vivo, gravado na turnê brasileira, que a banda usou uma foto que eu tirei como capa, porém ela nunca foi creditada a mim, e sim ao produtor. 

Foi uma montanha-russa, com certeza!”

Priscila Jarra

Álbum Bloody Kisses do Type O’ Negative

“Para mim o rock começou a fundamentar opiniões, escolhas e atitudes no final dos anos noventa (bem tarde por sinal), pois até então tudo era mecanicamente ouvido sem muito interesse nas rádios e alguns discos de familiares simplesmente por passa tempo como a grande massa de hoje. Foi quando em 97 (pra ser exato), meu amigo me apresentou o disco Nevermind do Nirvana e logo em seguida o In Utero da mesma banda, isso resultou em uma avalanche de percepções e curiosidades do tipo: “como é isso!?”, “quem é o cara que canta isso?”, como se toca isso?” e logo após, “que banda é essa?”, “quem toca essa música?”, hey!, você conhece essa banda?”, “você precisa ouvir essa música!”  e assim formando hoje uma bagagem de 25 anos de dedicação ao rock e suas várias vertentes, várias bandas, amizades, e muitas histórias como é um clichê de todo fã e rock and roll… vida longa ao Rock!! \m/”

Diogo Guerini

Álbum Nevermind do Nirvana

“Minha entrada no mundo do Rock se deu no começo da adolescência. Influenciado pelo meu irmão e seus amigos, fui conhecendo e gostando aos poucos, até ser arrebatado com estas três bandas: Kiss, Pink Floyd e Megadeth. Logo após veio Maiden (tinham acabado de lançar Brave New World, que inclusive estou ouvindo enquanto escrevo estas linhas). Apesar de já ser anos 2000, o acesso a música era bastante difícil se comparado a hoje. Então o jeito era gravar em fita K7 qualquer som bom que tocasse nas rádios (ouvia “Caminhos do Rock” na Novos Horizontes e lá conheci Sabbath, Ozzy, mais algumas clássicas).

Depois começaram a surgir os festivais pela região, em 2008 o primeiro grande show (Maiden no Gigantinho), e a criação do então blog Road to Metal em que fiquei até 2014. Posso dizer que o Rock me ajudou a tornar quem eu sou e, apesar de sempre estar buscando evolução, não me imagino sem ouvir todo dia um bom Rock e seus afins, especialmente Heavy Metal que é meu estilo favorito. E assim se foram mais de 20 anos apreciando esse universo todo.”

Eduardo Cadore

Álbum de estreia do Black Sabbath

“Com aproximadamente 13 anos comecei a me interessar por música, e logo de cara conheci o tal Rock’N’Roll, foi amor a primeira vista. Fiquei vidrado na guitarra de Johnny B. Goode do Chuck Berry, no The Wall do Pink Floyd, no Metallica e no Guns N Roses, foi quando conheci Iron Maiden e a casa caiu. Busquei tudo sobre o som pesado, tive bandas, adquiri o máximo que pude de revistas nas bancas da época, cds, dividi o palco com alguns ídolos, fui a vários shows, etc… Junto com meus amigos formamos um verdadeiro grupo de indivíduos que se alimentava de música pesada, época mágica. Tinha medo que um dia essa paixão acabasse e depois de quase 30 anos continua fervendo, ainda vou a shows, compro cds, lps, revistas e tudo que posso sobre o bom e velho metal, rock e todas suas vertentes. Deguste Rock, na Mira do Rock.”

Elias Scopel Liebl

Álbum de estreia do Iron Maiden

“Era um garoto, chamado Leandro, na época com 10 ou 11 anos, que morava na cidade de Santa Luzia (MG), próxima a Belo Horizonte, lá no comecinho da década de 90. Esse garoto não ouvia nem Beatles nem Rolling Stones. Em seu lugar, ele ouvia apenas os discos de vinil que os pais tinha em casa, que eram de toda sorte de cantores sertanejos, músicas “brega”, trilhas sonoras de novelas e coisas do gênero. Rock? Ele nem sabia o que era isso. E não se sente falta do que não se conhece, dizem.

Um belo dia, em conversa com um amigo poucos anos mais velho, Leandro foi apresentado a dois discos dos Engenheiros do Hawaii. Um era o O Papa é Pop (1990) e o outro, Várias Variáveis (1991). Leandro ficou maravilhado com aquela sonoridade. As guitarras de Augusto Licks, a bateria de Carlos Maltz e a voz e baixo de Humberto Gessinger, somados a versos enigmáticos, aliterações, paradoxos e todo tipo de figura de linguagem, fizeram com que Leandro passasse a enxergar a música de forma totalmente diferente. Leandro passou a entender que música era muito mais do que os discos de vinil de seus pais.

A Leandro foram apresentados outros discos de outras bandas do BRock dos anos 90, como Cabeça Dinossauro (1996) dos Titãs, Cardume (1989) do Nenhum de Nós, As Quatro Estações (1989) da Legião Urbana, dentre outros. Isso fez com que o jovem Leandro se interessasse pelo Rock, de forma geral cada vez mais.

Como não poderia deixar de ser, bandas estrangeiras também começaram a fazer parte do cardápio musical de Leandro. Discos como Metallica (1991), Fear of the Dark (1992) do Iron Maiden, Nevermind (1991) do Nirvana e Paranoid (1970) do Black Sabbath ampliaram ainda mais o gosto musical daquele jovem e contribuíram sobremaneira para a sua formação musical.

A música, somada à sua paixão pelos videogames, fizeram com que Leandro se interessasse cada vez por idiomas estrangeiros. Ao final de sua adolescência e com o término do ensino médio, Leandro não teve dúvidas: prestou vestibular para Letras e se tornou professor de inglês. E Leandro já exerce a profissão há quase 20 anos!

Que nesse dia Mundial do Rock, possamos olhar para si mesmos e perceber o quanto esse gênero musical maravilhoso contribuiu para sermos o que somos hoje. Experiências diversas como trocar discos com amigos, ir a shows, aprender a tocar um instrumento, ou simplesmente falar sobre música com as pessoas que são importantes para nós fazem com que sempre mantenhamos acesa a chama musical que temos dentro de cada um de nós.

Feliz Dia Mundial do Rock! Long Live Rock ‘n’ Roll!

Leandro Duarte

Álbum O Papa é Pop do Engenheiros do Hawaii

“Iniciei meu contato com o Rock no ano de 2000, quando vi colegas de aula escutando a
banda Raimundos, gostei logo de cara e fui buscar mais sobre a banda e o som que faziam,
a partir disso comecei a gostar muito do som da guitarra, da distorção e dos efeitos que
poderiam ser tirados daquele instrumento. Foi então que ingressei de cabeça no Metal,
comecei ouvindo Sepultura e logo conheci a banda Pantera e seu guitarrista Dimebag
Darrell, que considero até hoje o melhor que já ouvi, infelizmente nunca tive a oportunidade
de ir a um show ao vivo desta banda. O Metal se tornou meu gênero musical preferido e fui
conhecendo cada vez mais estilos e bandas tanto do ramo melódico quanto mais pesados e
agressivos como o Death e Thrash Metal, e até me aventurei a tentar “tirar um som”, tive
bandas com amigos, foram bons tempos. Hoje em dia não faltam em minhas playlists
clássicos de bandas como Children of Bodom, Kreator, Edguy, os saudosos riffs de Pantera
e os mestres Iron Maiden e Metallica.”

Paulo Henrique Vianna

Álbum Vulgar Display of Power do Pantera

“Posso dizer que minha história com o Rock começou quando vim ao mundo. Nascida em uma família de pais que curtem rock e sempre escutavam em casa. Seja bandas como Rainbow, Black Sabbath, Led Zeppelin, Europe, são tantas canções que saiam pelo aparelho de som de casa.

E conforme fui crescendo, segui pelo mesmo caminho. Mesmo escutando outros gêneros de vez em quando, o rock ainda está presente em minha vida, em várias vertentes. Aos 14 anos, era fascinada por post hard-core, as chamadas bandas emo como Bring Me The Horizon, A Day To Remember, Black Veil Brides, Motionless In White, faziam parte da minha playlist (e ainda fazem, na verdade).

Atualmente gosto muito de escutar sons do Led Zeppelin, Pink Floyd, A Day to Remember, Bring Me The Horizon. Do clássico até bandas post-punk, como Depeche Mode, Twin Tribles, She Past Away, The Cure, The Smiths. Enfim, o rock sempre esteve presente em minha vida, felizmente🤘🏼

Feliz dia!”

Luiza Nunes

Álbum Led Zeppelin III do Led Zeppelin

“Os anos 80, em especial o RIR de 1985, levaram muitos artistas pras rádios brasileiras: Scorpions, Queen, em especial, eu ouvia e me sentia empolgadaço. Minha irmã, desde sempre professora de dança, “volta e meia” aparecia com uma fita, um disco, nesses sempre tinha algo: Creedence, Stones, Elvis… Com todos esses, meu interesse só aumentou. Também Beatles na trilha de filmes me fazia imaginar, como seria esse mundo… Tantas recordações. Mas nada bateu tão forte quanto Guns no RIR de 1991, e posteriormente Maiden no contato com a galera, em especial meu saudoso cunhado que trouxe de POA, muito material que fiz circular com fitas K7 na pequenina Campinas do Sul… Mais tarde fui pra uma cidade maior, e as encomendas não vieram mais com a querida mãe. Era eu que batia ponto duas vezes por mês nas lojas de discos… Alguns anos depois ironicamente fui trabalhar numa loja de CDs, por onde fiquei por mais de uma década, isso em FW. Além de um trabalho, uma realização de um sonho, onde fiz muitos amigos. Sobre o programa de rádio e os festivais: é outra história, que muitos de vocês já sabem, rs. Enfim, o rock salva. Ele sempre foi meu melhor amigo, com todas as suas vertentes e promessas… e porque não dizer: um pai pra mim. Te amo! Ah, não posso esquecer de citar: The Doors com sua poesia, e Paradise Lost, com seu doom/gothic metal pros dias mais cinzas, indispensável.”

Luiz Nunes – Fuga

Álbum Draconian Times do Paradise Lost

E aí, qual a sua experiência/vivência com o rock? Conta aí nos comentários!🤘🏼

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