Entrevista com Paulo Cassio
Por Luiz Nunes (Fuga)
Paulo Cassio, guitarrista (fundador) da Rosa Tattooada, banda gaúcha de hard rock (1988-1995), Primitive (1998- 2003), Jungle Junkies (2004-2017), e atualmente guitarrista da Sonic Taboo. Residindo hoje em NY – EUA, Paulo fala da sua relação com o rock, motocas e a cena local onde vive nos EUA. E claro, das boas recordações do tempo que fez parte da grande Rosa Tattooada.
Fuga: Salve Paulo, como rolou a sua ida para os EUA?
Paulo: Em 2003, na época estava na banda Primitive e tínhamos assinado com uma gravadora da Alemanha, recebemos um convite para fazer alguns shows nos EUA, e desde lá muita coisa aconteceu, mas sempre foi meu sonho morar aqui.
Fuga: Lembrando da época que você tocou na Rosa, quais os melhores momentos com a banda?
Paulo: A Rosa Tattooada foi pra mim um sonho que se tornou realidade, quando começamos não tínhamos grana nenhuma, apoio nenhum e conquistamos em pouco tempo muita coisa por acreditar no que fazíamos e por ralar pra ‘cacete’ atrás desse sonho. Todos os momentos nessa época foram muito especiais, lançamento dos álbum em teatros e casas de shows lotados, com produção fantástica pra época, turnê pelo Brasil, e claro abrir para o Guns N’ Roses no auge, não só da carreira deles, mas da nossa e do Hard Rock no mundo todo, foi algo que até hoje impressiona qualquer um, em qualquer lugar do mundo quando falo dessa experiência.
Fuga: Pra galera que não conhece o som da Sonic Taboo, fala um pouco da sua atual banda, qual a proposta do som?
Paulo: A Sonic Taboo começou mais como um projeto, do que uma banda, a ideia era fazer umas músicas, gravar e ver no que dava. Mas a química rolou entre a gente, e quando isso acontece é como gasolina e fogo, explode mesmo, rs. No início até pensamos em um vocal, mas logo desistimos dessa ideia, e resolvemos fazer um som instrumental, cheio de riffs, de passagens, mais uma trilha sonora pra cair na estrada mesmo.
Fuga: Quais as bandas que você tem ouvido no momento, Paulo? E destaca pra gente, fora do rock, tem algum outro gênero que você se identifica?
Paulo: As bandas que eu tenho ouvido ultimamente são: Fountaines D.C., último álbum deles pra mim o melhor até agora, desse ano… Ice Age, Soft Kill. AC/DC – Power Up: o último deles um clássico, tão bom quando o For Those About To Rock na minha opinião. The Cult sempre.
Fora do rock gosto muito de blues, curto uma boa música eletrônica também, jazz, se me agrada, seja qual for o estilo eu curto ouvir.
Fuga: As motocicletas são tema de várias músicas dentro do rock, tem a ver com o ‘lifestyle’. No insta, acompanho seus rolês de motoca, e percebo que a capa do álbum de estreia da ‘Sonic Taboo’, além de ter uma pegada ‘stoner’ e ‘old’, tem o link com a motoca. Além, lógico, da ‘logo’ de vocês… Assim sendo, como rolou o processo criativo pra tudo isso, Paulo?
Paulo: A referência com moto sempre foi uma paixão entre nós, um ponto de referência mesmo pra banda.
Falando da arte dos nossos álbuns, o nome do artista é Matt Wilkins, o cara é ‘matador’, faz trampo pra muita gente boa, inclusive ele fez a capa do penúltimo álbum do Blackberry Smoke.
Fuga: Paulo, ‘a mira do rock’ agradece sua disponibilidade e te deseja sucesso nos teus projetos, com a Sonic e demais. Conte com a gente! Deixa aí o teu recado “final”.🤘🏻
Paulo: Pra finalizar, quero agradecer a oportunidade de poder falar um pouquinho da minha história e da minha banda aqui de NYC. Pra galera afim de conhecer nosso som, acabamos de lançar nosso segundo álbum, Kind of Venom, que está disponível em todas plataformas digitais assim como nosso debut álbum.
Fica um grande abraço!!!
‘Peace and Love!’
O trio da Sonic Taboo é formado por Paulo Cassio (Guitar), Fernando Menechelli (Bass) e André Torres (Drums). Confira um dos sons da banda: