Crítica – Show do Guns N’ Roses no Rock In Rio
Por Luiz Nunes (Fuga)
Uma das bandas mais celebradas do hard rock mundial, subiu no palco, já na madrugada do dia 9 de setembro, pra delírio e expectativa, de um público gigante, presente no festival brasileiro, o querido Rock In Rio. E para outros tantos expectadores, em suas casas, como eu por exemplo, que assisti na sua totalidade (quase 3 horas), a headliner da noite, no canal Multishow.
Sim, o Guns com o baixista Duff e o ‘guitarhero Slash’, e logicamente o líder da banda Axl Rose, só pra citar os principais, aqueles da formação original, saca?!
Pois bem, queria eu só falar dos clássicos da banda que rolaram: It’s So Easy, Mr. Brownstone, que abriram o show após a apresentação da italiana, Maneskin, que fez uma performance super energética, por sinal, contrariando muitos que achavam que a banda podia ser uma má escolha para a noite. Também sobre as “não tão clássicas”: Chinese Democracy e a bela Better, que para mim, é uma das últimas “pérolas” compostas pela banda.
Também, da versão para Slither (Velvet Revolver): Me fazendo lembrar do que eu disse nas antigas, no nosso programa, Na Mira do Rock: “o Velvet foi muito mais Guns do que o próprio, numa época, não só pela formação que tinha, mas pela sonoridade em seus trampos, de fato”. E lógico, das demais com seus pontos altos no show, inclusive as “novas”: Absurd e Hard Skool, que são “aceitáveis”, apesar de não chegarem aos pés, da fase de ouro do Guns.
Mas, o que está na mira, inevitavelmente: são as interpretações vocais de Axl.
É, o outrora “barulhento Axl”, não tem o mesmo alcance, e isso é um tanto normal, quando se trata de um vocalista, que forçava muito no passado para manter a sua marca vocal, entre outros fatores que fazem um artista, pagar o preço no futuro.
Reforçando, Axl não tem mais o seu “drive”, e ainda que “sonhássemos” com uma melhora, comparando com shows na Europa, há pouco tempo, não haveria milagre também para as notas agudas de suas canções. Mesmo com os “backing vocals” de seus colegas, Axl não iria chegar lá, onde você esperava!
Por outro lado, sabendo de suas dificuldades, a gente tem que “tirar o chapéu” pro seu esforço, e saber que esta tour, este show, soa como uma despedida. E reavaliando aqui, eu veria o Guns sim, por tudo que já representou, por sua “instituição”…
Sobre comentários, li alguns muito ofensivos, mas por outro lado alguns muito humanos e de respeito. Como o que diz: “Respeite a história dele, e o quão ele está se esforçando”
Enfim, o que digo a seguir, não justifica, mas outros vocalistas/cantores não deram conta neste festival, entrando errado nas canções, desafinando, errando letras, e creio que isso é do “jogo”…
Finalizo com algo, um tanto clichê, mas serve como lição: “o dia que fizermos 10% do que estes ícones fizeram, podemos talvez, pensar em falar”, e com certeza, sempre com todo respeito!
E fica, um abraço especial pro guitarrista da cartola, um show à parte sempre, salve Slash!!