The Doors – L.A. Woman – 19 de abril de 1971
Jim e Marc. Créditos: Frank Beacham.
Por Luiz Nunes (Fuga)
O sexto álbum de estúdio, o último a contar com o vocalista Jim Morrison, teve a volta da “pegada” blues/rock do início da carreira, e manteve a “simplicidade/objetividade” do álbum, Morrison Hotel!
Mr. Morrison, já havia dado o “aviso prévio”, que em breve seus dias seriam dedicados “somente a poesia”, mas o tecladista Ray Manzarek o convenceu que ficasse pelo menos mais seis meses, já prevendo a gravação do novo disco.
Falando das gravações para L.A. Woman, elas iniciaram já em 1970, nos estúdios Sunset Sound Records, em Los Angeles, eram inicialmente as versões para os singles: L.A. Woman, Riders On The Storm e Love Her Madly.
O álbum como um todo, acaba tendo “ares” de urgência no estilo das canções, se comparado a fase anterior, a do sofisticado “The Soft Parede”, onde eles experimentaram músicas orquestradas, que envolviam bastante o tempo da banda, até serem finalizadas.
Temos assim com L.A. Woman, um trabalho mais orgânico.
L.A. Woman, também marca a finalização do contrato com a gravadora Elektra Records, e o afastamento do produtor Paul A. Rothchild, responsável pelos álbuns anteriores do Doors. Rothchild, sai ainda na fase inicial das gravações de L.A. Woman, a saída acontece por conta de “vários motivos”, inclusive o modo de composição, que estaria a cargo de três compositores na banda, e pra ele, Rothchild, isso não era bom, talvez pelo álbum não ter uma “personalidade” definida.
Uma das curiosidades do álbum é a entrada do baixista de Elvis Presley, Jerry Scheff e mais um guitarrista, Marc Benno, para as gravações.
Por fim uma reflexão: Sabe-se que em qualquer gravação de álbum, pode acontecer o fechar de um ciclo. E neste era um “fim anunciado”. Mesmo que “The End” não estivesse registrada neste trabalho. Mas em L.A. tem a estradeira: Riders On The Storm, que acabou “dando o tom” da partida do “Lagarto”, do “Mojo”, rumo a Paris, e em seguida…
Obrigado, The Doors!!