Como eu vejo a despedida do Sepultura?
Foto por: Bob Wolfenson/Divulgação
Por Luiz Nunes (Fuga)
Soube da existência da banda Sepultura no ano de 1991, ela havia sido anunciada na TV como atração do festival de música: Rock in Rio, era a segunda edição do evento.
Não demorou muito, para que um dos meus amigos que comprava muitas revistas de música/rock: Rock Brigade, Top Rock, Bizz, nos falasse que tinha lido as resenhas de alguns álbuns e que iria comprá-los. E assim que chegassem, nos chamariam para uma audição, eram eles, os hoje clássicos: “Beneath The Remains” – 1989 e “Arise” – 1991.
Eis que os álbuns chegaram, a gente se reuniu, e eu nos meus 14 anos, tive a certeza que todo som pesado que eu tinha conhecido até então, não chegava aos pés “daquele som”. Rapidamente comprei umas “fitas virgens” e gravei dos LPs os “petardos”, não sabe o que é petardo?
O termo eu ouvi pela primeira vez anos depois, quando passei a acompanhar o Fúria Metal, programa da MTV apresentado pelo ícone Gastão Moreira, sim, ele mesmo, o Gastão do “Kazagastão”, que usava “esse termo: Petardo” pra chamar no programa aqueles sons extremamente pesados, “good times hein?”
Por sinal, na mesma época que eu comecei assistir MTV de forma intensa na casa de amigos, conferi o clipe do Sepultura com imagens de um show em Barcelona, nunca saiu da minha cabeça, a plateia estava insana nas imagens.
Conheci muitos sons e bandas, comprei material: revistas, CDs e fitas K7 e claro, adquiri a fita do “Chaos A.D.” original, que até hoje tenho em minha coleção.
Lembrando que o álbum Chaos A.D. é de 1993, e, é fato que foi incrível como ele chegou forte na galera, me lembro que nesta época várias “tribos” o respeitavam, a banda se tornou popular em muitos cantos do mundo: Sepultura do Brasil, pro mundo!
Poderia falar dos outros álbuns que curti da carreira da banda, como o “lindo/batuque tribal”: “Roots” – 1996 ou ainda do conceitual “A-Lex” – 2009, mas isso a gente deixa pra outra oportunidade, não é? Porque, agora tenho que dizer o que o título do texto sugere:
O final da banda não tinha data, mas é fato que um dia iria chegar, motivos cada banda/projeto tem o seu, por isso fico dividido em falar/criticar ou algo do gênero! Melhor não, né? Que tal fazermos apenas celebrações de “despedida”? Como o que rolou no programa de rádio, Na Mira do Rock, deixando os fãs da banda escolherem músicas para três blocos!
Então, ficam as lembranças dos shows que fomos nesses 40 anos de Sepultura, por exemplo eu, em Passo Fundo (anos atrás) e em Santa Rosa (poucos anos atrás), e a expectativa para o show de 21 março de 2024, no Araújo Viana em POA – tour de despedida: “Celebrating Life Through Death”, onde mais uma excursão sairá de Frederico Westphalen e região.
Finalizando, seguem algumas palavras emocionantes, da página da banda no Instagram, que rolou nos últimos dias:
O Sepultura vai parar. Vai morrer. Uma morte consciente e planejada.
Nos próximos 18 meses, vamos celebrar 40 anos junto aos nossos fãs em uma tour de despedida que vai passar por todo o planeta.
Será uma celebração do passado e do presente pela última vez.
Serviço e ingressos da tour no: @eventimbrasil