Nosferatu (2024)
Por Luiz Nunes (Fuga)
Quem já mergulhou no mundo dos vampiros desde sua raíz, certamente já ouviu falar da primeira adaptação para o cinema do livro de Bram Stoker, o clássico Drácula (1897):
Nosferatu – “Uma Sinfonia do Horror” (1922), dirigido por F.W. Murnau, surgiu “sem a liberação dos direitos autorais da obra de Stoker” (sua viúva detinha os direitos), então algumas adaptações tiveram que ser feitas na época dentro do filme, como os nomes dos personagens, etc. E ainda assim, sua distribuição não aconteceu de forma natural, sendo recolhidas muitas cópias do filme, por um bom tempo.
Contudo o filme voltou de forma restaurada, numa determinada época, mantendo sua importância nas artes…
Desde seu lançamento, na década de 20, foram muitos os filmes que trouxeram Nosferatu (símbolo do Cinema Expressionista Alemão) e “falaram sobre o Conde e o seu universo”, mas poucos o retrataram tão bem quanto o mais recente, que teve sua estreia há poucos dias.
O Nosferatu (2024) não muda a história, como “todo remake” de respeito, se mantendo fiel ao dirigido por Murnau…
Mas o que muda, então?
É a experiência proporcionada, aliando uma fotografia relevante, levando quem assiste ao envolvimento intenso na trama, um suspense que poucos filmes do gênero, nos últimos tempos conseguiram realizar.
Se na década de 20, havia escassez para se produzir, hoje os recursos são infinitos para se fazer um bom filme. Mas não bastam apenas as ferramentas, aí que entra o diretor e seu olhar/intuição, suas técnicas.
O diretor, Robert Eggers, com uma boa experiência no estilo suspense/terror escreveu e dirigiu “a película”, de forma que os elementos do gênero, tivessem espaço até o fim. Destaque para as locações (ambientações), todas foram muito bem compostas, climas surpreendentes!
Quanto as interpretações:
Principalmente quando havia referências ao oculto, hipnose, ou ainda possessões, os atores deram um show.
Destaque para Lily-Rose Depp como Ellen Hutter, Bill Skarsgård como Conde Orlok, Willem Dafoe como Professor Albin Eberhart Von Franz e Simon McBurney como Knock.
Nosferatu (2024) nas suas 2 horas e 12 minutos nos deu um encontro com aquilo que há de melhor na ‘Sétima Arte’, como eu sempre digo: “Um filme para se ter na estante, ver e rever, sempre que precisarmos de imaginação”!
Fica a dica!
Até a próxima!