“As portas que Jim Morrison abriu!”
Por Luiz Nunes (Fuga)
Sob o céu da California, mais precisamente Los Angeles, nos anos 1960, surgiu o The Doors. E com ele um rapaz que colocava sua alma poética e filosófica nas letras e performances.
Jim tinha um flerte com o cinema em tudo que fazia, pois teve uma boa experiência estudando na UCLA (Universidade da California), por sinal, foi colega do renomado diretor Francis Ford Coppola, que usaria mais tarde “The End”, canção icônica do Doors, em uma das cenas épicas do seu filme: ‘Apocalypse Now’…
Entretanto suas experiências/imersões, quase que mediúnicas, na sua infância, e “sua obsessão” pelas “portas da percepção”, claro, e seus estudos filosóficos, eram as “principais culpadas” no processo criativo de suas composições.
Lembro que a primeira experiência com o Doors, foi quando assisti o filme ”The Doors” de Oliver Stone, foram tantas vezes, acho que no mínimo vinte na fita VHS e depois veio o DVD com extras, CDs ao vivo, “Absolutely Live” de 1970, e claro o livro “An American Prayer” em espanhol, que necessitava de um dicionário junto para traduzi-lo, pois isso era lá nos anos 90.
Com todas essas informações, eram comuns, pra este que vos escreve, insights do tipo:
– Quem eram os escritores/mentores preferidos do (“Rei Lagarto”, um dos pseudônimos de Jim)?
Daí revisitar o filme de “Stone” e ler conteúdos relacionados eram metas, missões e muita diversão no final das contas, rs. Então, com Jim conhecemos mais de Aldous Huxley e William Blake, suas teorias e poesias respectivamente…
Jim, sabia “fundir” de uma forma muito especial, “tudo que consumia”, ele queria compreender e ao mesmo tempo “curar” a si mesmo, como um grande Xamã. Ao meu ver, algo que trazia desde sua tenra idade…
Nesta mesma ‘pegada alquímica’, ele desenvolveu até um anagrama, (misturou as letras de seu nome) e chegou em Mr. Mojo Risin’, personagem da bela canção L.A. Woman, inclusive, sugiro aqui que você, meu nobre leitor, veja o clipe que certamente está no YouTube ou ainda na coletânea de vídeos do Doors: ‘Dance on Fire’
Por fim: Este texto é uma homenagem, escrita por um eterno fã de Doors, o Fuga, quando completados 52 anos de sua “partida”, ocorrida em 03 de julho de 1971, em Paris, França.
Jim Morrison, o Lagarto Rei vive cada vez que ouvirmos suas canções ou lermos suas poesias!
(“I am the Lizard King. I can do anything”)
A trilha sonora desta coluna foi ‘Stoned Immaculate – The Music Of The Doors’, álbum com várias bandas/artistas do naipe de STP, Creed, The Cult, John Lee Hooker entre outros fazendo belas versões…