Dica de serviço de streaming para audiófilo

Dica de serviço de streaming para audiófilo

Por Eduardo Coutinho Scalabrin

Desde tenra idade gosto de música, mas sempre primei tanto pelo aspecto quantitativo quanto qualitativo, claro que este tem seu viés subjetivo, já aquele é passível do crivo matemático/físico, sendo esse o quê vou abordar nesta pequena dica de serviços de streaming de áudio para ouvidos exigentes.

Quando da dominância dos serviços de streaming de música sobre os formatos físicos, isso em 2010, não havia nenhum dos primeiros que oferecesse a mesma qualidade dos segundos, pois devido a limitações tecnológicas da Internet o padrão, a bem dizer, era o formato MP3. Hoje, com o aumento significativo da tecnologia da Internet, isso é coisa do passado, pois temos serviços de streaming de música que oferecem qualidade até mesmo superior ao CD!

Em se tratando de maior fidelidade ao som “original” devem-se observar duas grandezas no áudio digital: profundidade de bit e taxa de amostragem. O primeiro diz respeito à relação sinal-ruído, já o segundo é a quantidade de amostras em uma unidade de tempo. A profundidade de bit é mensurada em bits, sendo o valor para um CD de 16 e para um DVD-A ou Blu-ray de 24, já a taxa de amostragem é medida em Hertz, onde o CD usa 44100 e o DVD-A usa 192000.

Na prática isso tudo nos leva a comparar os vários serviços de streaming que temos a nosso dispor com a qualidade que desejamos ouvir. Irei elencar abaixo as plataformas mais usuais que temos para ouvir música nos seus planos mais custosos em se tratando de qualidade e não de usuários por conta e suas características técnicas:

– Spotify: como oferece um streaming por AAC, sucessor do MP3, ou seja, um formato não-PCM com perda de dados, o fator profundidade de bit usa em conta a freqüência e não o tempo (o quê deixa a desejar, pois profundidade de bit na forma clássica, por tempo, não se tem em arquivos não-PCM) no valor de 16 bits, já a taxa de amostragem fica em 44,1 kHz, mas atenção, esses valores, 16 bits/44,1 kHz, não refletem a qualidade do CD justamente por não ser um áudio PCM;

– Deezer: oferece um streaming por FLAC, ou seja, um formato PCM, onde se tem valores da ordem de 16 bits/44,1 kHz que sim refletem a qualidade do CD;

– Tidal: também fornece um streaming por FLAC, sendo constante a taxa de amostragem, que é de 44,1 kHz, mas variando a profundidade de bit, que pode ser 16 ou 24 bits, dependendo do artista;

– Qobuz: este é o serviço por streaming mais robusto, sendo que o mesmo é por FLAC, sua taxa de amostragem varia de 44,1 à 192 kHz e a profundidade de bit é 16 ou 24 bits, dependendo do artista, portanto, o valor mínimo a ser ouvido é da qualidade do CD.

Já no que tange ao resultado final na audição, percebe-se que quanto maior a profundidade de bit da música maior vai ser a distância entre o som mais agudo do som mais grave na mesma música, e quanto à taxa de amostragem, tem-se como que um fluxo mais contínuo quanto maior seu valor.

Outro ponto a ser destacado é onde se irá apreciar a música, pois em um PC com caixas acústicas simples ou mesmo em um smartphone não se perceberá todas as nuances envolvidas na qualidade dos distintos serviços.

Créditos: Fastweb Plus

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